segunda-feira, 13 de abril de 2015

A Teoria De Tudo


Escrever sobre este filme é como fazer uma prova de humanas e ao mesmo tempo de exatas. Se por um lado devemos analisar a teoria desenvolvida pelo famoso cientista Stephen Hawking, por outro devemos fazer uma análise também de sua vida. O filme, explorando incrivelmente esses dois lados, faz um breve resumo sobre a vida do cientista, aprofundando em sua vida pessoal.

Hawking (Eddie Redmayne) é como qualquer outro aluno de sua universidade. Porém é um garoto bastante curioso, o que lhe favorece em suas teorias e principalmente no seu rendimento
universitário. Querido por boa parte dos professores, Stephen possui uma filosofia de vida que consiste em compreender o que é esse mundo que nos cerca. Qual é a nossa origem? Mas afinal, como surgiu o universo? Essas são as perguntas fundamentais que fazem Stephen se dedica constantemente aos seus estudos sobre física teórica.

Em meio à esses estudos, surge na vida de Stephen a estudante de artes Jane (Felicity Jones). Como pode ser observado, os dois possuem áreas de estudo completamente diferentes, o que faz com que cada um dos dois sinta-se "completado". É brilhante ver como o desenvolvimento do casal se dá, no começo por uma bela história de amor, e no final uma trama que se torna até trágica. Até que ponto Jane consegue aguentar tamanho sofrimento, se a moça estava desejando apenas formar uma família perfeita com seu marido? 

Essa dúvida passa a ser constante a partir do momento em que Stephen se revela portador de uma doença causada pela degeneração dos neurônios motores, a chamada Esclerose Lateral Amiotrófica. A doença consiste basicamente na perda de movimentos musculares, e o resultado disso para Stephen é uma vida sem poder causar qualquer tipo de movimento. E é isso que talvez possa impedir Jane e Stephen de continuarem juntos pelo resto de suas vidas. 

Essa relação se torna bela o bastante para ser observada no filme devido às brilhantes atuações de Eddie Redmayne e Felicity Jones. O ator que trabalhou recentemente em Os Miseráveis agora se mostrou bastante evoluído em relação à seus trabalhos anteriores, nos entregando uma atuação fenomenal e merecedora de grandes elogios. Mostrar as emoções e sentimentos de um cientista que está em um estado trágico parece uma tarefa difícil, mas Redmayne soube muito bem aproveitar isso e o resultado é uma atuação capaz de emocionar qualquer tipo de pessoa. Felicity Jones também dispensa comentários, mostrando a luta da esposa para conseguir salvar seu marido da terrível doença. Merece destaque também a fotografia que, muito bem colocada em cena, remete aos traços da década de 60 de forma bela. 

A direção de James Marsh também é bem vinda e inserida de uma forma que não se torna cansativa, deixando o filme ainda mais completo. Outro aspecto que faz do filme grandioso é a sua trilha sonora, que é colocada no momento certo para que as emoções transmitidas no filme causem efeito. 

A Teoria de Tudo é um filme que representa muito bem a obra de um dos maiores cientistas do nosso tempo. Com uma mensagem bastante atual, o filme procura evitar qualquer tipo de discussão que possa se tornar ofensiva para o lado amoroso, religioso, ou até mesmo científico. Uma obra leve, recheada de mensagens sobre a enorme luta em busca do conhecimento ser válida ou não. 

Amiga Linda


João Bosco e Vinícius


Amiga, não tá dando pra esconder eu não tô bem
Acho que a gente descuidou e foi além
Aquele abraço virou beijo e me cegou
Não controlei os meus instintos e rolou
Amiga, não tô dando fora no seu coração
Mas nós estamos misturando
Amizade e paixão, amizade e paixão

Bem amiga então vamos parar por aqui
Vou te poupar da despedida e sair
Vou levantar fugir tentando não chorar
Você também engole o choro e tenta disfarçar
Vou convencer meu coração que nunca sentiu nada
Você é a pessoa certa, mas na hora errada

Não vou negar, que vou sentir saudade sua
Quem sabe um dia a gente continua, a gente continua
Posso pirar, me declarar pelos bares da rua
E esculpir o seu rosto na lua, o seu rosto na lua

Amiga linda quem sabe um dia vira amada minha
quem sabe um dia vira amada minha


Os Sertões - Euclides da Cunha

 Este livro é dividido em três partes: 
A Terra é uma descrição detalhada feita pelo cientista Euclides da Cunha, mostrando todas as características do lugar, o clima, as secas, a terra, enfim.
O Homem é uma descrição feita pelo sociólogo e antropólogo Euclides da Cunha, que mostra o habitante do lugar, sua relação com o meio, sua gênese etnológica, seu comportamento, crença e costume; mas depois se fixa na figura de Antônio Conselheiro, o líder de Canudos. Apresenta se caráter, seu passado e relatos de como era a vida e os costumes de Canudos, como relatados por visitantes e habitantes capturados. Estas duas partes são essencialmente descritivas, pois na verdade "armam o palco" e "introduzem os personagens" para a verdadeira história, a Guerra de Canudos, relatada na terceira parte,
A Luta é uma descrição feita pelo jornalista e ser humano Euclides da Cunha, relatando as quatro expedições a Canudos, criando o retrato real só possível pela testemunha ocular da fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da guerra. Retratando minuciosamente movimento de tropas, o autor constantemente se prende à individualidade das ações e mostra casos isolados marcantes que demonstram bem o absurdo de um massacre que começou por um motivo tolo - Antônio Conselheiro reclamando um estoque de madeira não entregue - escalou para um conflito onde havia paranóia nacional pois suspeitava-se que os "monarquistas" de Canudos, liderados pelo "famigerado e bárbaro Bom Jesus Conselheiro" tinham apoio externo. No final, foi apenas um massacre violento onde estavam todos errados e o lado mais fraco resistiu até o fim com seus derradeiros defensores - um velho, dois adultos e uma criança.


Laurence Campos - da casa de taipa ao curso de Medicina da Universidade Federal